segunda-feira, 29 de junho de 2009

ESCORPIÃO

Vida, alimentação e hábitos

As diferentes espécies de escorpiões têm tempos de vida muito diferentes e o tempo de vida real da maioria das espécies não é conhecido. A gama do tempo de vida parece situar-se entre os 4 a 25 anos, tendo sido 25 anos o tempo de vida máximo registado para a espécie H. arizonensis.
Vivem em áreas com uma temperatura entre 20 °C e 37 °C, sobrevivem em temperaturas de 14 °C a 56 °C.
. São animais carnívoros e têm geralmente hábitos nocturnos e crepusculares, quando caçam e se reproduzem. Sua alimentação é baseada em insectos invertebrados tais como cupins, grilos, baratas, moscas, e de um aracnídeo, a aranha. Os escorpiões conseguem comer quantidades imensas de alimento, conseguem sobreviver com 10% da comida de que necessitam, podendo passar até um ano sem comer e consumindo muitíssimo pouca água, quase nada durante sua vida inteira.
Os escorpiões têm uma forma de se alimentarem característica, usando as suas quelíceras. Estas são umas pequenas garras que saem da boca, muito afiadas, que são usadas para retirar pequenos pedaços de alimento da sua presa e colocá-los na boca. O escorpião só digere alimentos em forma líquidos, rejeitando qualquer matéria sólida (pêlo, esqueleto, etc.).
Os predadores naturais do escorpião é lacrai-as, louva-a-deus, macacos, aranhas, sapos, lagartos, corujas, gaviões, quatis, galinhas, algumas formigas e os próprios escorpiões.





Escorpião-negro (Androctonus crassicauda)


Características físicas

O corpo dos escorpiões é dividido em proso mo (cefalotórax), mesossomo e metassomo.
O proso mo é a região anterior, onde se encontram os olhos, quelíceras, pedi palpos terminados em pinças e pernas com pentes.
O mesossomo é a região larga do corpo, onde se encontram as aberturas dos pulmões e opérculo genital.
O metassomo é vulgarmente conhecido como cauda, ali se encontram uma estrutura cilíndrica com um espinho na ponta, chamada telson (o ferrão), duas glândulas de veneno e o ânus.

Das 1600 espécies de escorpião, apenas 25 causam graves acidentes ao homem

Algumas espécies atingem dimensões da ordem
dos 30 cm e chegam a capturar até pequenos vertebrados (lagartos, rãs e roedores).




Veneno e toxicidade


O ferrão do escorpião (chamado de telson), além de servir para agarrar a presa, se defender, e no acasalamento, inocula na presa um veneno. Este veneno contém uma série de substâncias cuja composição química não está bem definida, porém contém neuro toxinas, histaminas, seratonina, enzimas, inibidores de enzimas, e outras. Parece, segundo os pesquisadores, que as neurotoxinas agem sobre as células nervosas da presa, com uma certa especificidade, dependendo do tipo de animal.
É interessante saber que a toxicidade do veneno de um escorpião pode ser comparada com o tamanho de seus pedi palpos (o equivalente ao braço humano do escorpião); quanto mais robustos os pedi palpos, menos o escorpião utiliza-se do veneno para com suas presas e quanto menores eles forem, mais o veneno do escorpião pode ser letal às suas presas.
O veneno de escorpiões do tipo Tityus serrulatus, que parece ser o veneno mais tóxico de todos os escorpiões da América do Sul, age sobre o sistema nervoso periférico dos humanos, causando dor, pontadas, aumentando a pulsação cardíaca e diminuindo a temperatura corporal. Estes sintomas, devido ao seu peso corporal, são mais acentuados em crianças, e devido às condições físicas, aos idosos. Todos os escorpiões são venenosos, porém apenas 25 espécies podem ser mortais aos humanos. Sua ferroada assemelha-se em grau de toxicidade da ferroada de uma abelha.
O tratamento consiste na aplicação local da ferroada de um anestésico (lidocaína a 2%) e soro antiescorpiônico (obtido de escorpiões vivos). O tratamento deve ser hospitalar, de preferência com a apresentação do escorpião para facilitar o diagnóstico e o tratamento

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