domingo, 28 de junho de 2009

Toupeira-de-nariz-estrela


Encontrado no Canadá e no nordeste dos Estados Unidos, este estranho animal de aparência alienígena é uma toupeira-de-nariz-estrela.
Este mamífero alimenta-se de pequenos invertebrados, insetos aquáticos, vermes e moluscos. É um bom nadador e cava túneis como outras toupeiras, a grande diferença está nos 22 tentáculos carnosos em volta de seu focinho que são dotados de milhares de minúsculos receptores. Por ser cega, suspeita-se que use esses sensores para identificar a atividade elétrica de suas presas.
Essa toupeira detém o título de comedor mais rápido do mundo, entre os mamíferos, levando só 120 milisegundos para identificar e consumir sua comida. Seu cérebro decide em incríveis 8 milisegundos se uma presa é comestível ou não. Essa é a mais alta velocidade de reação que se conhece no reino animal e também a velocidade limite do cérebro da toupeira, o que faz com que ela às vezes erre alguns botes.
Para se ter uma idéia da velocidade basta lembrar que um ser humano leva 650 milisegundos para decidir frear quando o semáforo fica vermelho.
Pesquisadores acreditam que o estudo desses animais nos ajudarão a entender as limitações da habilidade do cérebro humano ao processar informações e tomar decisões.
As toupeiras-de-nariz-estrela já entraram para o Guinness Book of World Records como as comilonas mais rápidas do mundo.
Mas agora estes pequenos animais estabeleceram um novo recorde: são os primeiros mamíferos conhecidos que são capazes de cheirar a sua presa debaixo de água.
Até agora os cientistas acreditavam que os mamíferos não pudessem respirar embaixo d’água, pois os fundamentos do olfato desses animais são através da condução de moléculas voláteis pelo ar até os nervos do bulbo olfativo. Esta espécie de toupeira surpreendeu mais uma vez.
O estudo publicado por Kenneth Catania, da Universidade Vanderbilt (EUA), na revista "Nature", demonstra como esses animais conseguem respirar sob a água: exalam bolhas de ar dentro d’água e reinalando-as em seguida.
Para entender esse processo, Catania utilizou câmeras de vídeo de alta velocidade e um tanque no qual uma trilha de odor era montada sob a água. Observou que a cada 10 segundos as toupeiras inalavam as bolhas, que em contato com o alvo, transmitem moléculas odoríferas ao nariz do mamífero.


Fontes: Folha de São Paulo / Bocaberta

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