sábado, 4 de julho de 2009

Morfologia e desenvolvimento

aranha
IPB Imagem

As Aranhas são animais artrópodes pertencentes à ordem Araneae da classe dos aracnídeos. A ordem Araneae está dividida em três subordens: a Mygalomorphae (aranhas primitivas), a Araneomorphae (aranhas modernas) e a Mesothelae, a qual contém apenas a Família Liphistiidae, constituída de aranhas asiáticas raramente avistadas.

Existem cerca de 40.000 espécies de aranhas, o que a torna a segunda maior ordem dos Aracnídeos (atrá somente da ordem acari). As aranhas são um grupo particularmente populoso. Em um acre de gramado em uma colina não remexida na Inglaterra estimaram-se 2.265.000 indivíduos

As aranhas distinguem-se dos insetos pelas seguintes características:

  • têm quatro pares de pernas;
  • não possuem asas ou antenas;
  • seu corpo divide-se em duas partes (cefalotorax e abdomem);
  • produzem uma seda ou teia.
  • Aranha de jardim da espécie Araneus diadematus enrolando um inseto em sua teia.

    Aranhas possuem apenas dois segmentos corporais (ao contrário dos insetos, que possuem três): o cefalotórax, ou prosoma, (resultado do tórax fundido com a cabeça) e o abdômen chamado de opistosoma. Ambos são ligados por uma estreita haste chamada de pedúlio. O corpo das aranhas é revestido por um exoesqueleto, uma estrutura rígida formada principalmente por quinticona.

    As aranhas possuem oito pernas (enquanto insetos possuem seis) e seus olhos são lentes únicas, em vez de lentes compostas. Elas podem ter 8, 6, 4, 2 ou mesmo nenhum olho, como no caso de algumas aranhas cavernícolas. Na cabeça têm dois pares de apêndices: as quelíceras, em forma de ferrão, formadas por quitina negra com uma ponta muito fina, e os pedipalpo (também chamados de palpos), que são utilizados para manipular alimentos. A boca fica entre os palpos. Há vários tipos de aranhas, as venenosas e aquelas que "saltam" querendo se proteger.

    Ao contrário do que muitos pensam, as aranhas não são insetos.

    Juntamente com os escorpiões, os carrapatos e os ácaros, as aranhas pertencem à classe dos Arachnida, ao filo dos artrópodes e subfilo Chelicerata, que inclui, além dos aracnídeos, a classe dos insetos, dos crustáceos e outras.

    Origem da palavra aranha: Surgiu de uma lenda grega, a tecelã Aracne desafiou a deusa Atena e como castigo foi transformada em aranha.

    Dados interessantes;

    - As teias de uma aranha são 5 vezes mais fortes do que o aço no mesmo diâmetro.

    - Além disso a teia pode ainda se esticar 4 vezes mais que seu comprimento inicial.

    - As teias resistem a água e a temperaturas até -45°C sem se romperem.

    - A aranha poderia morrer presa em sua própria teia, mas sua pata é equipada com pêlos que não permitem que isso aconteça.

    - Embora existam 35.000 espécies de aranhas, alguns estudiosos calculam até 100.000 espécies de aranhas.

    - Essas 35.000 espécies são divididas em mais de 100 famílias, sendo que apenas 20 a 30 espécies são consideráveis perigosas para o homem.

    - A maior aranha do mundo é a Theraphosa blondi e chega a medir até 20 centímetros de uma pata a outra, já a menor é a Patu digua que tem o tamanho da cabeça de um alfinete.

    - Os filhotes aprendem a fabricar teia sozinhos, algumas teias levam apenas meia hora para serem prontas, mas outras mais elaboradas levam horas.

    - Algumas aranhas sobem em pontos altos, liberam um fio de teia e se deixam levar pelo vento. Assim elas povoam ilhas e continentes.



opilião


opilião por Renata Ribeiro.
Este é um aracnídeo da Ordem Opiliones, Sub-Ordem Laniatores, Familia Gonyleptidae.
Opilio é uma palavra latina que quer dizer "pastor de ovelhas" e se refere à este invertebrado por causa do seu comportamento de inspecionar o ambiente com seu segundo par de patas: este geralmente é mais longo que os demais, tem função sensorial e não para a locomoção, sendo que aparentam ser antenas enquanto ele anda.
São tímidos e inofensivos. Têm várias estratégias para dispersar o interesse de qualquer um que venha incomodá-los: possuem glândulas que liberam uma secreção mau cheirosa quando são perturbados. Essa substância é tóxica para pequenos invertebrados, porém, inofensiva à seres humanos. Se isso não for suficiente, fingem-se de morto ou destacam uma das pernas que continua a se mexer mesmo depois de liberada do corpo, graças à um marcapasso que envia sinais aos nervos para que os músculos se contraiam.
São facilmente diferenciados das aranhas por possuirem o tórax e o abdome fundidos. Não fabricam teias nem veneno. Possuem pernas com espinhos, muito longas em relação ao corpo.
Existem em todo o mundo e agem durante a noite. De dia, preferem lugares úmidos e escuros, como em baixo de rochas, cavernas ou até mesmo na serrapilheira.
Os hábitos alimentares variam dentro de cada família, sendo que muitos são predadores e outros saprófagos, consumindo até mesmo outros opiliões mortos.
Esta foto possui notas. Mova o mouse pela foto para vê-las.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Animais marinhos perigosos

Animais marinhos perigosos dos Açores editados em livro

Listar os principais animais marinhos açorianos que maior perigo apresentam às populações é o objectivo do mais recente guia do Professor João Pedro Barreiros do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e do Professor Vidal Haddad Jr. da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-Brasil.
Chamar-se-á "Guia dos Animais Marinhos Potencialmente Perigosos dos Açores com Informações sobre o Tratamento e Prevenção de Acidentes".
João Pedro Barreiros deixa desde logo claro que "embora possam ocorrer, não é muito comum observarem-se acidentes graves com manifestações sistémicas nos acidentes causados por espécies de peixes do arquipélago". Este investigador considerou tratar-se de uma edição útil não só para banhistas, como profissionais da pesca e outros que lidam com os ambientes marinhos, sobretudo pela prevenção dos riscos existentes.
No topo dos animais marinhos que mais acidentes em humanos têm causado estão as caravelas (Physalia physalis) e as cifomedusas Pelagia noctiluca e Aurelia aurita.

"Recentemente, têm sido observados grandes grupos de Physalia physalis nos Açores, o que, com certeza aumenta o risco de acidentes".
Também os ouriços-do-mar "são animais capazes de provocar traumas e envenenamento com os espinhos corporais dada a proximidade maior com os banhistas".
A edição bilingue do livro será lançada em Outubro, no festival "Outono Vivo" da cidade da Praia da Vitória na ilha Terceira.
Alguns peixes podem causar traumas importantes através dos dentes e bicos, como os meros e algumas espécies de badejos e garoupas.
Outros peixes potencialmente perfurantes são os espadartes (Xiphias gladius) e os marlins azul e branco (respectivamente Makaira nigricans e Tetrapturus albidus), todos portadores de bico ou espada que manobram com grande destreza e potencial perigosidade.


Outros peixes que podem lacerar tecidos com mordeduras são as moreias. O acidente no entanto é raro e limitado a pescadores ou mergulhadores no momento em que as retiram dos anzóis.

Alguns pesquisadores consideram que há toxinas na saliva das moreias, o que é reforçado pelo facto da mordedura apresentar uma dor desproporcional à ferida, aponta João Pedro Barreiros.
Peixes que podem causar ferimentos como reflexo de manipulação e falta de cuidados são o peixe espada preto (Aphanopus carbo) e o peixe espada branco (Lepidopus caudatus), além dos peixes-porco (dos quais o mais comum e o único verdadeiramente abundante é o Balistes carolinensis), que apresentam o primeiro raio da barbatana dorsal pontiagudo, podendo lacerar a mão de pescadores e ainda morder.

TATUÍ GIGANTE VIRA MISTÉRIO DA INTERNET


Animal teria sido capturado por funcionários da Petrobras
Circula entre funcionários da Petrobras um e-mail interno com o título ''tatuí extragrande'', e os seguintes dizeres: encontrado pelo ROV (robô) da Petrobras a 1.680 metros de profundidade, na bacia de Campos. O email começou a ser repassado há uma semana e mostra duas fotografias de supostos funcionários com o curioso animal. Numa delas, o bicho aparece cobrindo um fichário da empresa de aproximadamente 30 centímetros. Na foto abaixo é possível ver de perto seu abdôme. Embora não tenha confirmado oficialmente a captura do bichinho, a Petrobras é a única na região com tecnologia capaz de chegar ao seu habitat natural: mais de mil metros de profundidade.

A informação é da bióloga Cristina de Matos, professora do Departamento de Zoologia da UFRJ, e especialista em carcinologia (ramo da zoologia que estuda os crustáceos). Cristina ensina ainda que o animal está longe de ser um tatuí. Trata-se de um bathynomus, cuja espécie não pôde ser identificada através das fotos. Mais próximo do animal é a barata-da-praia, descendente da mesma ordem que ele: isópoda. Já o tatuí é um decápoda, uma família mais distante. A professora, que guarda em sua coleção pessoal um exemplar do animal, espantou-se com o tamanho do bicho, que considerou bastante grande em relação aos que já havia visto.

- O bathynomus é muito comum em águas profundas. Ele pode chegar, em média, a 35 centímetros e pesar aproximadamente um quilo. Pela sua estrutura diria que é um macho, bem grande por sinal - avalia a bióloga, ao examinar as duas fotos digitais.

Este gênero de isópoda é um predador que se alimenta de peixes e outros crustáceos encontrados no fundo do oceano. De acordo com a especialista, a frota pesqueira brasileira não trabalha em tais níveis de profundidade, por isso ele é um animal tão desconhecido do público.

Porém, de acordo com Cristina, um projeto da Petrobras em parceria com a universidade vem transferindo novos exemplares ao Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, onde podem ser vistos animais como este, além de peixes ''muito estranhos'', nas palavras da bióloga.

Cristina diz ainda que, no Japão, onde se pesca em profundidade, este tipo de crustáceo é normalmente consumido, bem como lagostas e camarões bastante diferentes dos que conhecemos por aqui.

MISTERIOSAS CRIATURAS DOS MARES..

. Sempre vale o aviso: muito cuidado com o que é divulgado na Internet!



Às vezes é pura armação (exemplos divertidos podem ser encontrados no site E- Farsas), como no caso do nosso bathynomus, que na rede passou como sendo um inseto mutante, encontrado numa tubulação de Sorocaba, e que teria mordido a perna de um funcionário da companhia de águas de SP!!!.
Em outras ocasiões a informação é incompleta... É o caso do bicho da foto. O site do Terra divulgou o achado em seu caderno de ciências, afirmando que se tratava efetivamente de um polvo gigante, e não falou mais nisso... Outros meios de comunicação, como a National Geographic foram mais ponderados e nas reportagens entrevistaram malacólogos (pesquisadores que estudam moluscos) e outros especialista que demonstraram um grande ceticismo quanto à existência do tal cefalópode.
Descobri que o exemplar capturado na Flórida em 1896, ao qual o artigo do Terra se refere, sumiu há tempos (restaram apenas fotos), não podendo ser utilizado para comparação. Desde então foram reportadas várias "ocorrências" de polvos gigantes, mas todas foram associadas a restos de outros organismos, principalmente à pele e gordura de baleias e tubarões em decomposição.
É o caso da geleca encontrada no chile. Análises de DNA realizadas nos Estados Unidos provaram que se trata de partes de um cachalote (a mesma espécie de baleia da Moby Dick!) em decomposição .
Conclusão: existem registros confiáveis de lulas gigantes, mas polvos gigantes só nos livros de Júlio Verne...
Leia abaixo a reportagem original que saiu no Brasil e o resultado da análise de DNA publicado no site da conceituada revista Biological Bulletim.


POLVO GIGANTE SURPREENDE CIENTISTAS CHILENOS
Um polvo gigante, de 12,40 metros de comprimento e 13 toneladas de peso, que não era visto há 107 anos, apareceu e morreu em uma praia do sul do Chile, informou esta quarta-feira o Centro de Conservação Cetácea de Santiago (CCC). O animal foi confundido inicialmente com uma baleia extraviada e moribunda, mas os cientistas confirmaram que se tratava de uma espécie de cefalópode do qual não existiam notícias desde 1896, quando um polvo similar foi encontrado na Flórida (Estados Unidos).
A descoberta ocorreu no dia 24 de junho na área de Los Muermos. A capitania naval do porto da aldeia de Maullín, na costa do Pacífico, ao sul da cidade de Puerto Montt, 1.000 km ao sul de Santiago, alertou o CCC. "Depois do exame do animal, da análise de fotografias, medições e da extração de tecidos, estamos enviando mostras e antecedentes para grupos de pesquisa da França, Itália e Estados Unidos, além de chilenos, para estabelecer a classificação", disse a ambientalista Elsa Cabrera, do CCC.
O zoólogo italiano Lorenzo Rossi, especialista em fauna marinha, um dos primeiros a receber as fotografias, afirmou que o polvo de Maullin é igual ao encontrado nos Estados Unidos há mais de um século, disse Cabrera.

MICROSCOPIC, BIOCHEMICAL, AND MOLECULAR CHARACTERISTICS OF THE CHILEAN BLOB AND A COMPARISON WITH THE REMAINS OF OTHER SEA MONSTERS: NOTHING BUT WHALES
Sidney K. Pierce - Department of Biology, University of South Florida, Tampa, Florida et al.
We have employed electron microscopic, biochemical, and molecular techniques to clarify the species of origin of the "Chilean Blob," the remains of a large sea creature that beached on the Chilean coast in July 2003. Electron microscopy revealed that the remains are largely composed of an acellular, fibrous network reminiscent of the collagen fiber network in whale blubber. Amino acid analyses of an acid hydrolysate indicated that the fibers are composed of 31% glycine residues and also contain hydroxyproline and hydroxylysine, all diagnostic of collagen. Using primers designed to the mitochondrial gene nad2, an 800-bp product of the polymerase chain reaction (PCR) was amplified from DNA that had been purified from the carcass. The DNA sequence of the PCR product was 100% identical to nad2 of sperm whale (Physeter catadon). These results unequivocally demonstrate that the Chilean Blob is the almost completely decomposed remains of the blubber layer of a sperm whale. This identification is the same as those we have obtained before from other relics such as the so-called giant octopus of St. Augustine (Florida), the Tasmanian West Coast Monster, two Bermuda Blobs, and the Nantucket Blob. It is clear now that all of these blobs of popular and cryptozoological interest are, in fact, the decomposed remains of large cetaceans.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ariranha




Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Nome científico: Pteronura brasiliensis
Nome vulgar: Ariranha
Categoria: Vulnerável/ Em perigo

A ariranha é um animal semelhante à lontra e que é encotrada em todo o Brasil. Ótima nadadora,mergulha bem, alimenta-se de peixes e moluscos e vive em bandos de até 20 elementos. Gosta de morar à beira de rios e lagos, onde faz tocas.

A cor geral, nas partes superiores, é marrom-pardacenta e, inferiormente, mais clara. Quando molhada, a cor é mais escura. Cauda musculosa é achatada dorso-ventralmente do meio até a ponta e auxilia o deslocamento dentro d`água.

Os pés são grandes e apresentam membrana interdigital. Os locais que apresentam melhores condições para sua sobrevivência são os parques florestais e reservas biológicas. Não há dados precisos sobre a reprodução da lontra. Mas sabe-se que sua gestação dura cerca de 60 dias e que o número de filhotes varia entre um e cinco. A fêmea cuida da ninhada durante um extenso período, elevando presas semi-abatidas para os filhotes. Ao completar um ano, os filhotes começam a se dispersar.


Extinção: Ameaçada/Vulnerável

Redução da população de, pelo menos, 20 por cento projetada ou suspeita para os próximos 10 anos ou 3 gerações baseado em declíneo da área de ocupação, extensão de ocorrência e/ou qualidade do habitat.

Os agrotóxicos e produtos químicos que são despejados nos rios pelas lavouras, indústrias e cidades são responsáveis pela sua quase extinção.


Fonte: MMA/SINIMA