quinta-feira, 2 de julho de 2009

Animais marinhos perigosos

Animais marinhos perigosos dos Açores editados em livro

Listar os principais animais marinhos açorianos que maior perigo apresentam às populações é o objectivo do mais recente guia do Professor João Pedro Barreiros do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e do Professor Vidal Haddad Jr. da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo-Brasil.
Chamar-se-á "Guia dos Animais Marinhos Potencialmente Perigosos dos Açores com Informações sobre o Tratamento e Prevenção de Acidentes".
João Pedro Barreiros deixa desde logo claro que "embora possam ocorrer, não é muito comum observarem-se acidentes graves com manifestações sistémicas nos acidentes causados por espécies de peixes do arquipélago". Este investigador considerou tratar-se de uma edição útil não só para banhistas, como profissionais da pesca e outros que lidam com os ambientes marinhos, sobretudo pela prevenção dos riscos existentes.
No topo dos animais marinhos que mais acidentes em humanos têm causado estão as caravelas (Physalia physalis) e as cifomedusas Pelagia noctiluca e Aurelia aurita.

"Recentemente, têm sido observados grandes grupos de Physalia physalis nos Açores, o que, com certeza aumenta o risco de acidentes".
Também os ouriços-do-mar "são animais capazes de provocar traumas e envenenamento com os espinhos corporais dada a proximidade maior com os banhistas".
A edição bilingue do livro será lançada em Outubro, no festival "Outono Vivo" da cidade da Praia da Vitória na ilha Terceira.
Alguns peixes podem causar traumas importantes através dos dentes e bicos, como os meros e algumas espécies de badejos e garoupas.
Outros peixes potencialmente perfurantes são os espadartes (Xiphias gladius) e os marlins azul e branco (respectivamente Makaira nigricans e Tetrapturus albidus), todos portadores de bico ou espada que manobram com grande destreza e potencial perigosidade.


Outros peixes que podem lacerar tecidos com mordeduras são as moreias. O acidente no entanto é raro e limitado a pescadores ou mergulhadores no momento em que as retiram dos anzóis.

Alguns pesquisadores consideram que há toxinas na saliva das moreias, o que é reforçado pelo facto da mordedura apresentar uma dor desproporcional à ferida, aponta João Pedro Barreiros.
Peixes que podem causar ferimentos como reflexo de manipulação e falta de cuidados são o peixe espada preto (Aphanopus carbo) e o peixe espada branco (Lepidopus caudatus), além dos peixes-porco (dos quais o mais comum e o único verdadeiramente abundante é o Balistes carolinensis), que apresentam o primeiro raio da barbatana dorsal pontiagudo, podendo lacerar a mão de pescadores e ainda morder.

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